Em confinamento, os dias dobram iguais. As webcams estão ligadas. Público e privado interseccionam-se no zoom. A incerteza redobra com o calendário. Sobra tempo para a reinvenção. Domésticas, as câmaras procuram o novo self. O pincel regressa à mão. O pulso volta à costura. Do seu passado ao seu futuro, feminilidades desdobram-se, expandem, exprimem-se. Já livres das próprias paredes, arrumam os resultados numa reunião, desta vez fora de casa.
Entre os dias 5 e 12 de AGOSTO, a Colectiva DOBRA junta 10 artistas na Galeria Prisma, em Lisboa, para pensar feminilidades e feminismos através dos olhares de pessoas trans, cis, não-binárias, lésbicas, bissexuais e hetero. Entre fotografia, pintura e mixed media, a exposição inclui obras de Hélia Marcos, Sabrina Rosa, Laura Calado, Mariana Lokelani, Elisabete Magalhães, Milena Baeza, Liza Mariah, Beatriz Gaspar e Cinza Nunes. Com design de Teresa Rodrigues. Entrada gratuita dentro do horário habitual da galeria (15h-20h) e de acordo com as normas de segurança em vigor - máximo de 25 de pessoas no espaço.
DIA 5/8 - Soft Opening: só para quem tiver bilhete
DIA 6/8 - Abertura oficial: limitada a 25 pessoas no espaço
DIA 12/8 - Finissage: limitada a 25 pessoas no espaço
ORGANIZAÇÃO: PLATAFORMA GERMINAL + PRISMA LX
DESIGN: @atresarula
Plastic Rose (2021)
by SABRINA ROSA
Red wild roses flourish. A bouquet of fresh flowers is a murder scene. A bleeding heart stares into the abyss. Friendly emojis. Pictures of rose bushes in whatsapp chats. We never met in real life. Cats never run away from me. My face's making me anxious. Noise. I lied. Lazy love like plastic roses on a grave. I’m sick again. Gone again. On the road again. Details in the running landscape. Summer bliss. Old tears. Blood in my cheeks. Polaroid pictures with tripods. I take shelter in the trees. I wanna dress all white. I wanna be a child. I wanna be a saint. Writing again. Finding reasons not to change my number. Dreaming of loneliness as pure as a water source. Living forever like a plastic rose.