2017 / EAJS - Moderação de Painel CROMOFILIA E CROMOFOBIA NO CINEMA JAPONÊS

terça-feira, 15 de agosto de 2017
1/9/2017

Descrição
Painel para a EAJS International Conference, organizada por Alexandra Curvelo e Ana Fernandes Pinto e a ter lugar entre 30 de Agosto e 2 de Setembro de 2017 na Universidade Nova de Lisboa (Portugal). Integra a secção "Visual Arts", dirigida por Jaqueline Berndt (Stockholm University, Suécia) e Khanh Trinh (Museu Rietberg Zürich, Suíça).

Acolhimento
European Association for Japanese Studies (Alemanha)
Universidade Nova de Lisboa (Portugal)

Organização
David Pinho Barros (Universidade do Porto / KU Leuven)
Miguel Patrício (Universidade Nova de Lisboa)

Apresentações
"Red teapot, yellow teacup: clear line colouring in Ozu's late films", David Pinho Barros (Universidade do Porto / KU Leuven)
"Colour advances and retreats in the New Wave: From Wakamatsu's redness to Matsumoto's dark world", Miguel Patrício (Universidade Nova de Lisboa)
"Gesture and colour in Isao Takahata's Ghibli", Luís Mendonça (Universidade Nova de Lisboa)

Moderação
Sabrina D. Marques (Universidade Nova de Lisboa)

Resumo
A cor sempre foi um elemento estilístico de capital importância para a compreensão da história e estética do cinema, mas, no caso do Japão, é particularmente significativo, uma vez que está intimamente associado a mudanças de paradigma fundamentais dentro de filmografias individuais, mas também considerando a história do cinema do país no seu todo. Uma grande atenção tem sido recentemente prestada a este assunto, nomeadamente com o influente ciclo "Richness and Harmony. Colour film in Japan", dividido em duas partes, no festival Il Cinema Ritrovato em Bolonha. Alguns célebres artigos dedicados à questão também têm sido publicados no Ocidente, como, por exemplo, o "Banindo o verde" de Nagisa Oshima, integrado na aclamada antologia da Routledge Color, the Film Reader. Contudo, ainda há muito a fazer na análise académica deste vasto campo, especialmente quando se trata de relacionar o uso destes elementos com fenómenos de rejeição e atracção. Na verdade, a cor não foi integrada de forma pacífica na indústria cinematográfica japonesa, tendo encontrado notória resistência por várias companhias de produção e realizadores com base na sua incipiência técnica e pobreza estética. No entanto, apesar de o país ter tido de esperar até 1951 (dezasseis anos depois do filme americano pioneiro Becky Sharp) para que a primeira longa-metragem a cores estreasse, Carmen Regressa a Casa de Keisuke Kinoshita imediatamente ditou o tom para aquilo que seria a história da cor no cinema nacional: uma aventura criativa infinitamente complexa. As opções cromáticas variaram grandemente de realizador para realizador, de período para período e até de filme para filme dentro das carreiras dos cineastas, e estas flutuações são o interesse primeiro deste painel. Elas serão estudadas sobretudo de acordo com conceitos que revolucionaram os estudos de cor, nomeadamente através da noção a que David Batchelor deu uma nova vida no seu livro publicado em 2000 Chromophobia. Neste trabalho, o artista e professor britânico disseca o que considera serem os impulsos cromofóbicos da cultura ocidental, e nós defendemos que é fundamental para estabelecer um rico diálogo com a introdução tardia da cor no cinema e nas filmografias do Japão, bem como para analisar a experiência oposta, a utilização programática e radicalmente inovadora da cor por determinados cineastas japoneses.


1.9.2017 / Selfie com David Pinho Barros, Luís Mendonça e Miguel Patrício 
(em preparativos para a conferência na FCSH)

2017 / Ciclo Quem és tu, cinema? - 5 ANOS à PALA DE WALSH @ Nimas + Campo Alegre

sábado, 5 de agosto de 2017
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