Depois dos treinos acompanhados que, descontraídamente, orientei ao longo do Programa RHEA / Fit-Zen (2023), idealizei agora no nosso ATL treinos para crianças no novo calendário escolar (2024-2025). Baptizei este projecto de Programa Activa-Mente. Destinado à ocupação de tempos livres entre os 6 e os 14 anos, consiste em blocos de hora e meia compostos por Ginástica + Expressão Dramática + Ensaio. O resultado deste treino semanal, no final do ano lectivo, é a adaptação e interpretação conjunta de um texto dramático, gravando com os jovens participantes uma curta-metragem para exibição local. A par, segue a programação do cineclube júnior.
2024 / Projecto ''ACTIVA-MENTE'' - movimento, expressão e teatro com crianças
2024 / gravação de documentário experimental ''MATAS & MARES''
A partir do texto prévio ''A Árvore Invisível'', esbocei as bases para o documentário experimental ''Matas e Mares'', endereçando (para o formato vídeo-instalação) um desafio lançado pelo programador cultural Carlos Veríssimo para desenvolver BATIDA/S sobre a Marinha Grande, terra onde cresci. Achei-me, por parceria ágil, ao lado dos conterrâneos Guilherme Simões (sonoplastia) e Billy Verdasca (cinematografia) e, interpretando o convite recebido, procurámos esboçar uma biografia do território descrevendo o desaparecimento das praias (segmento dos mares) e o desaparecimento do pinhal (segmento das matas) como interferências traumáticas a que o território presentemente reage. No momento em fase de edição, agradecemos à produção de CMMG, Albardeira Associação Cultural e Plataforma Germinal.
2024 / Participação na Revista Digital Colectiva ''SONHAR-TE''
A convite da Art Rising Soul, participo na Edição da Revista Colectiva Digital SONHAR-TE com um díptico fotográfico. A publicação pode ser adquirida a partir do link: https://www.instagram.com/p/
2024 / Lançamento do novo Livro do À pala de Walsh: ''O Cinema das Palavras''
Depois de O Cinema Não Morreu: Crítica e Cinefilia À pala de Walsh, a editora e livraria Linha de Sombra volta a tornar possível mais um livro à Pala de Walsh. Participo nesta publicação com uma entrevista a um ídolo, Apichatpong Weerasethakul, ao lado de Carlos Natálio, aquando da passagem do realizador pela Cinemateca Portuguesa em 2016.
Lançado na Livraria Linha de Sombra no passado sábado, dia 30 de Novembro ''trata-se de uma obra composta exclusivamente por entrevistas e conversas, numa devoção total à palavra oral, ao verbo que sai da boca e “viraliza” entre o auditório mais atento. Daí o seu título: O Cinema das Palavras: Entrevistas À pala de Walsh, editado por Carlos Natálio, João Araújo, Luís Mendonça e Ricardo Vieira Lisboa, com um encarte composto por retratos fotográficos da autoria de Mariana Castro. Face ao título, a escolha da imagem da capa: a boca verborreica de Not I (1977), realizado por Bill Morton com base numa peça e argumento de Samuel Beckett.
Pode ler-se no Jornal da Cinemateca deste mês o seguinte: “Com prefácio de Pedro Mexia, o livro inclui entrevistas – algumas delas inéditas – a cineastas internacionais (como os Irmãos Safdie, Apichatpong Weerasethakul, Ryûsuke Hamaguchi e Mia Hansen-Løve), a figuras nacionais (como Miguel Gomes, Vasco Pimentel, Rita Azevedo Gomes), mas também a críticos e pensadores de cinema como Adrian Martin, Alain Bergala, Mark Cousins ou Sylvie Pierre.”
O livro é dedicado à memória de Serge Daney e conta ainda com uma dedicatória a José Manuel Costa, antigo director da Cinemateca Portuguesa.
O nosso agradecimento especial ao editor João Coimbra Oliveira e a Joana Pires, a nossa escrupulosa e paciente designer e paginadora. Um muito obrigado a Pedro Mexia pelo seu Prefácio que nos lisonjeia. Outro agradecimento vai para a Inês Pegado pelo trabalho de revisão. E para todos os walshianos e “entrevistados” directa ou indirectamente envolvidos na produção deste livro. Esperemos que gostem do resultado...''
2024 / Projecto ''Em Pessoa'' de Júlia Buisel
Neste abrir de Novembro, apoiei a escrita do documentário de curta-metragem ''EM PESSOA'', novo projecto da realizadora Júlia Buisel. Inaugura-se aqui uma feliz convergência de interesses e de troca intergeracional, com a obra de Fernando Pessoa como eixo em expansão. Uma produção Real Ficção.
LOGLINE: Curta documental sobre a escrita anti-fascista de Pessoa.
2024 / apresentação da BD: ''EDUARDO LOURENÇO - ficção de si mesmo, intro'' @ Amadora BD
Produzido por Edicarte e Longshot, Eduardo Lourenço: Ficção de Si – Intro é assinado pelos escritores Diogo Figueira (By Flávio) e Sabrina D. Marques (Os Fotocines), e artistas Daniel Maia (CoBrA: Operação Goa) e Susana Resende (Aurora Boreal em Reflexos Partilhados), assumindo-se como uma ficção não-autorizada que visa realçar a personalidade transgressora do filósofo e da sua obra. Com sentido de actualidade, reconstruindo livremente uma vida de afectos intelectuais e de acérrima defesa de ideais, inspirada pela musa e esposa Annie Salomon, em que se cruza manifestações oníricas e antecipações de vários tempos, esta ficção abre um grito real contra um mundo em colapso.
Com a obra em produção, os editores Ana Faria (Memória do Açúcar na Madeira) e Vasco Sequeira (O Labirinto da Saudade) publicam esta amostra da BD, complementada por esboços e diário de produção exclusivos, em edição limitada. A produção do projecto pode ser seguida na conta Instagram de Longshot e dos respectivos autores. A edição – e o projecto – vão ser apresentados no dia 25 de Outubro, às 18h, no 35º festival AmadoraBD. O comic está disponível no stand comercial d’A Seita pela duração do evento.
NOTA PESSOAL
Atrás da pública seriedade do pensador, Eduardo Lourenço escondia no bolso um naipe de caras cómicas. Recortando jornais abertos ao lado da torrada com meia-de-leite, divertia-se a troçar com ligeireza do colunista, a escapar ao tedioso catedrático pelos recônditos da Gulbenkian ou a sublinhar os filmes a que previa assistir em sala. Uma feliz proximidade estreitava-nos ao longo da pesquisa para a adaptação docu-fantástica d’O Labirinto da Saudade (2017), por Miguel Gonçalves Mendes. Hoje, volto a juntar-me a Diogo Figueira, co-argumentista, respondendo ao convite para reinventar o Professor à superfície da personagem, desta feita ficcionado pela novela gráfica.
Em 97 anos de lucidez, o colosso Eduardo Lourenço largou um pensamento poliédrico, ora denso, ora lúdico, que inspira revisitações. Interpela-nos a permanente juventude com que reflectiu a portugalidade, o europeísmo e, enfim, a condição universal do ser-estar em auto-exame. Fascinado, dirigia a mais genuína estima a cada um dos que faziam algo que julgasse não saber: fosse dançar, cantar, tocar ou desenhar. Com esse humor tão seu, decerto haveria de espantar-se e ternamente fazer pouco dos bonecos em que Daniel Maia o retrata e Susana Resende o pinta. Haveria, enfim, de rir a bom rir disto de lhe dedicarmos livros aos quadradinhos, na arte de importuná-lo até na Eternidade!
SABRINA D. MARQUES, co-argumentista
PRESS:
https://juvebede.blogspot.com/2024/10/novidade-eduardo-lourenco-ficcao-de-si.html
https://bdportuguesa.com/category/publicacao-original/