2018 / 4ª SESSÃO / CICLO AMOR & INTIMIDADE @ NIMAS
quarta-feira, 4 de abril de 2018
4.4.2018
Obrigada aos convidados por um interessantíssimo debate em torno desta obra-prima. E obrigada aos presentes pela sessão esgotada de hoje.
HIROSHIMA MEU AMOR / HIROSHIMA MON AMOUR
de Alain Resnais
argumento e diálogos de Marguerite Duras
com Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Bernard Fresson
França, 1959
Cópia digital restaurada (2013), p&b
Debate com
de Alain Resnais
argumento e diálogos de Marguerite Duras
com Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Bernard Fresson
França, 1959
Cópia digital restaurada (2013), p&b
Debate com
António Pinto Ribeiro e Liliana Rosa
Moderação de
Moderação de
Cláudia Madeira
Organização de
Cluster de Fotografia e Cinema / IHA-FCSH
Luís Mendonça + Cláudia Madeira + Bruno Marques + Mariana Marin Gaspar + Sabrina D. Marques
«Na edição de Julho de 1959 dos “Cahiers du Cinéma”, Rohmer afirmou que, no espaço de algumas décadas, “Hiroshima, Meu Amor” poderia vir a ser definido como “o primeiro filme moderno do cinema sonoro”. Exagero ou não, uma coisa é certa: a modernidade do filme não envelheceu uma ruga (quantos cineastas teriam a coragem de fazer, hoje, o que Resnais fez em 1959’), e a sua capacidade de interrogar um tempo que ainda é o nosso, essa permanece intacta. O que só pode querer dizer que “Hiroshima, Meu Amor” é, já, um clássico absoluto.»
Vasco Baptista Marques, Expresso
«Jean-Luc Godard: Até hoje, sempre se considerou HIROSHIMA do ponto de vista de Emannuelle Riva. A primeira vez que vi o filme, considerei-o pelo contrário do ponto de vista do japonês. Aqui está: um tipo que dorme com uma rapariga. Não há nenhuma razão para que isso continue toda a vida. Mas ele diz: “Sim, há uma razão.” E tenta convencer a rapariga a continuar a dormir com ele. E eis um filme que começa, cujo tema seria: será que se pode recomeçar a amar?»
Cahiers du Cinéma, nº 97, Julho de 1959.
«Pierre Kast: Digamos então que foi Marguerite Duras quem desempenhou o papel de catalisador entre o documentário e o romance, entre a ciência e a ficção. Há muito que Resnais pensava num filme romanceado.
[…]
Jean-Luc Godard: Creio que Resnais filmou o romance que todos os romancistas franceses […] tentam escrever.
Pierre Kast: Já houve muitos filmes que retomaram as leis de composição do romance. HIROSHIMA vai mais longe. Estamos em plena reflexão sobre o romance. A passagem do presente para o passado, a persistência do passado no presente já não são aqui comandados pelo tema, pela intriga, mas por puros movimentos líricos. Na verdade, em Hiroshima, é o próprio conflito entre a intriga e o romance que é evocado.»
Cahiers du Cinéma, nº 97, Julho de 1959 (traduzido no catálogo Alain Resnais, Cinemateca Portuguesa, 1992)
Vasco Baptista Marques, Expresso
«Jean-Luc Godard: Até hoje, sempre se considerou HIROSHIMA do ponto de vista de Emannuelle Riva. A primeira vez que vi o filme, considerei-o pelo contrário do ponto de vista do japonês. Aqui está: um tipo que dorme com uma rapariga. Não há nenhuma razão para que isso continue toda a vida. Mas ele diz: “Sim, há uma razão.” E tenta convencer a rapariga a continuar a dormir com ele. E eis um filme que começa, cujo tema seria: será que se pode recomeçar a amar?»
Cahiers du Cinéma, nº 97, Julho de 1959.
«Pierre Kast: Digamos então que foi Marguerite Duras quem desempenhou o papel de catalisador entre o documentário e o romance, entre a ciência e a ficção. Há muito que Resnais pensava num filme romanceado.
[…]
Jean-Luc Godard: Creio que Resnais filmou o romance que todos os romancistas franceses […] tentam escrever.
Pierre Kast: Já houve muitos filmes que retomaram as leis de composição do romance. HIROSHIMA vai mais longe. Estamos em plena reflexão sobre o romance. A passagem do presente para o passado, a persistência do passado no presente já não são aqui comandados pelo tema, pela intriga, mas por puros movimentos líricos. Na verdade, em Hiroshima, é o próprio conflito entre a intriga e o romance que é evocado.»
Cahiers du Cinéma, nº 97, Julho de 1959 (traduzido no catálogo Alain Resnais, Cinemateca Portuguesa, 1992)
2018 / Duas Horas Com Walerian Borowczyk
terça-feira, 3 de abril de 2018
Fotos Whitenoise + Linha de Sombra
Obrigada a todos os que marcaram presença nas Duas Horas com Walerian Borowczyk com Daniel Bird @ Cinemateca Portuguesa. Lembramos que o livro BORO de Daniel Bird continua à venda na livraria Linha de Sombra. Deixamos um agradecimento particular à Cinemateca por ter acolhido esta iniciativa.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
Com tecnologia do Blogger.